quarta-feira, 22 de julho de 2009

Aula do dia- 14/07- Texto: "A construção do conhecimento sobre a escrita "- Autora - Ana Teberosky




Nesta última postagem acerca deste texto, percebemos que este citado no título da postagem , procura exemplificar, reafirmar e acrescentar em relação a tudo que já vimos até agora, destaca com real importância a hipótese do nome e seu desenvolvimento, através da correpondência entre a fala e a escrita, vale destacar que nesta etapa é interessante o professor estabelecer um diálogo com as crianças, acerca de sua construção, devemos sim prestar atenção em tudo que as crianças falam e sabermos administrar sua fala, destacando sempre o que for positivo. Novamente destacamos alguns princípios que já foram observados como o da quantidade mínima e da variação interna, entre outros principios que são citados aqui.
Este relaciona e exemplifica muito bem as relações de conflito as quais a criança passa em seu processo de construção da escrita, suas incertezas e seus conhecimentos acerca de determinado tema, vale destacar que o construtivismo como já percebemos não é um método, ou um conjunto de receitas pré aprovados, mas sim um conjunto de idéias que devem ser desenvolvidas de acordo com o educando e seu contexto, lembrando sempre que para conseguir uma construção adequada, ás vezes torna-se necessário realizar uma desconstrução acerca de uma determinada idéia , como foi o caso do exemplo da construção da escrita do nome de Andréia no texto.
É interessante como as hipóteses criadas pelas crianças, principalmente no ínicio de suas construções , não tem haver realmente com o significado gráfico da palavra, mas sim com o valor combinatório que a mesma pode obter em sua construção, até aproximadamente os quatro anos as crianças ainda não consideram a escrita como uma fonte de leitura, ou seja ao serem realizados questionamentos acerca de algo, em algumas situações nada responderão, pois sua relação ainda não é tão estreita, porém em crianças com aproximadamente quatro anos esse conhecimento começa a ser construído , sendo assim já emitem alguma resposta quando são indagados acerca de um texto escrito, esse dado tão importante caracteriza-se como intencionalidade comunicativa.
Nesta etapa as crianças estão transitando entre a linguagem do desenho para a linguagem do desenho e da escrita associados se estimularmos, sem uma obrigação, mas sim demonstra uma descoberta acerca daquilo que está sendo proposto de fato, conseguimos obter grandes avanços através de situações cotidianas que podemos desenvolver estes pequeninos, ao analisarmos a fundo percebemos que os pequenos educandos podem nos surpreender com sua inteligência ao serem indagados acerca de algo, com a colocação dos artigos, ou de determinados nomes sem artigo, ou até mesmo em relação a um contexto que é proposto, ainda em relação a esta situação vale destacar como a mente da criança é fértil ao propor várias hipóteses orais para um determinado desenho seguido de um texto. Para a criança um determinado texto oral não é necessário ser transcrito na integra para a escrita, somente com a evolução de suas hipóteses é possível chegar a um nivel mais apurado acerca desta construção.
A descoberta das vogais se dá de forma mais rá pida do que as consoantes, também é possível das mesmas serem focadas em sua maioria pelos adultos na mente das crianças, também pode ser por elas serem em menor quantitativo.
Vale ressaltar que a criança não é desprovida de nenhum tipo de concepção escrita, crianças muito pequenas já evidenciam noções textuais que devem ser levadas em conta, é importante ter noção que apenas o domínio das letras não é suficiente, a criança deve ser estimulada a produzir reflexões em cima de diferentes tipos textuais, que serão de grande ajuda em sua trajetória estudantil, podem não ser suficientes para a alfabetização, dependendo do modo como a mesma for aplicada, mas pode ser vital em um processo interpretativo, este ponto sendo desenvolvido os demais serão super facilitados. a idéia que a criança produz sobre as palavras antes e após a alfabetização, tornam-se extremamente distintas, pois são etapas do mesmo processo de construção porém estão situadas em momentos diferentes.
A escrita passou por um longo processo de evolução, antes a escrita além de totalmente desconexa, era vista apenas como mais um código, hoje ela é muito mais que isto pois é a concretização da linguagem oral. As interpretações acerca de uma determinada palavra são diferentes, pode-se perceber isto quando a palavra possui mais fonemas do que letras, ou vice versa , os referenciais mudam , isto também varia devido ao conhecimento pré adquirido pelo educando, são pontos chaves e perceptivos neste processo evolutivo.
A criança desenvolve a sua escrita não a partir de modelos adultos mas de suas próprias hipóteses e observações e seu conhecimento prévio deve ser extremamente valorizado, aprender as funções da escrita e suas formas é parte importante do processo da leitura e da escrita, vale ao adulto e principalmente a nós termos sensibilidade acerca da aprendizagem infantil, o processo infantil de escrita é valorizado por ela mesma, quando lhe é colocado de forma espontânea e desenvolvido a partir de suas expectativas e expêriencias.

Um comentário:

  1. Você fez uma boa reflexão do texto!! Senti falta de uma relação mais explícita com a sua prática...

    ResponderExcluir